sexta-feira, 10 de setembro de 2010

DOENÇAS DO APARELHO URINÁRIO

As doenças dos rins e da bexiga são muito frequentes no cão. Calcula-se que mais da metade dos cães a partir dos 10 anos apresentem lesões renais e que uma grande porcentagem deles venha a sofrer de insuificência renal crônica. 
A Insuficiência renal crônica
É devida a lesões glomerulares (glomerulonefrites de origem imunológica, amiloide, nefro-angio-esclerose) ou a lesões intersticiais, todas provocadas por uma destruição progressiva e irreversível dos nefros, as unidades funcionais dos rins. À medida que a quantidade de nefros diminui, a função renal fica comprometida e a insuficiência renal aumenta.
O animal que sofre de insuficiência renal crônica começa bebendo e urinando mais do que o de costume (poliúria/polidipsia). Em seguida aparecem as perturbações digestivas (vômitos, diarréia), que precedem as neurológicas.
O tratamento da insuficiência renal crônica é essencialmente baseado na utilização de dietas hipoproteícas, uma vez que as proteínas formam resíduos à base de uréia, muito tóxicos para o organismo. Em condições normais, eles são excretados pelos rins, mas na insuficiência renal crônica acumulam-se no sangue.
A terapiase dirige apenas aos sintimas, sendo que o tratamento causal nem sempre é eficaz. No entanto, os recentes progressos da medicina permitem entrever a possibilidade de um dia se poder fazer um transplante renal, como se faz no homem, nas mesmas circunstâncias. A hemodiálise, prescrita no caso humano até que se possa fazer um transplante, também não é utilizada nos cães.
A Insuficiência renal aguda
O animal entre de súbido em anexoria, tem vômitos e diarréias, por vezes hemorrágicas. Paralelamente, a concentração de uréia e creatinina no sangue aumenta, atingindo valores via de regra muito elevados, ao passo que na insuficiência renal crônica esses mesmos parâmetros (que se usam para avaliar a função renal) aumentam com moderação.
Na origem desta forma de insuficiência renal, podem estar fatores isquêmicos (caso do rim que tenha sofrido alterações decorrentes de mudanças de circulação sangüínea), infecciosos (sobretudo leptospirose) e tóxicos.
Os tratamentos aplicáveis no caso de insuficiência renal aguda consistem na terapia com fluidos e eletrólitos e em medidas de purificação extra-renal (diálise peritoneal). Algumas formas da doença respondem bem à medidas terapêuticas, mas nas outras o prognóstico é, infelizmente, mais reservado.
Cálculos Urinários - Urolitíase
Nos cães podemos encontrar 4 tipos de urólitos (cálculos): os de fosfato, geralmente associados a uma infecção do trato urinário; os de urato; os de oxalato decorrentes de alterações metabólicas; e os de cistina, cuja ocorrência depende de predisposição hereditária.
A freqüência e o tipo dos cálculos podem variar conforme as raças. Assim, os cálculos de cistina são observados com mais freqüência no Dachshund e os de urato no Dálmata.
A presença destes cálculos no trato urinário pode levar ao aparecimento de hematúria (sangue na urina), cistites, incontinência, retenção urinária, complicações infecciosas e renais. Por vezes um cálculo introduz-se na uretra e não consegue passar por certas zonas particularmente estreitas. Daí resulta uma obstrução uretral que só poderá ser resolvida, muitas vezes, recorrendo-se à cirurgia.
O tratamento da urolitíase no cão pode ser medicamentoso ou cirúrgico, conforme o quadro que o animal apresente.
Em casos obstrutivos, o cão pode apresentar-se visivelmente desidratado, letárgico ou comatoso. Nestes casos a terapia é instituída de modo a estabilizar as condições do animal para que possam ser iniciados os procedimentos para a remoção do cálculo.
Se a bexiga estiver distendida, ela deve ser esvaziada através de sonda, catéter ou massagens, sendo que às vezes é preciso anestesiar o animal.
Geralmente o veterinário solicita um exame de urina, através do qual é possível determinar a ocorrência de infecção e a natureza do cálculo.
Se for constata a presença de um processo infeccioso, utiliza-se um antimicrobiano e um acidificante urinário. Se o animal apresentar apenas uma propensão para a formação de cálculos, quer seja de origem genética ou devido a uma dieta inadequada, a terapêutica consiste na administração de dietas calculolíticas (rações especiais) disponíveis no mercado.
Os cálculos nos rins são bastante raros no cão, mas, quando existem, pode ser necessário recorrer a uma intervenção cirúrgica. Muitas vezes, os cálculos podem obstruir os efíncteres urinários ou a uretra, provocando sérias retenções urinárias.
As infecções do trato urinário (ITU)
Na maior parte dos casos, a infecção urinária canina é uma consequência de infecções em órgãos vizinhos, como na próstata, útero, vagina ou, mais raramente, sistêmicas. Por conseguinte, não basta tratar os seus sintomas, tem é de se tratar a sua causa. Esta procura-se sistematicamente mediante um exame clínico aprofundado com radiografias e exames complementares.
As infecções do trato urinário são causadas por germes que em geral provém do tubo digestivo. Algumas, principalmente as crônicas, são particularmente difíceis de curar. 
Incontinência Urinária
Caracterizada pela micção involuntária, a incontinência urinária do cão pode ter múltiplas causas. Pode ser o resultado de lesões do sistema nervoso, de mal-formações congênitas, de lesões adquiridas na bexiga e nos esfíncteres ou de desequilíbrios hormonais. Não existe, por isso, um tratamento único para a incontinência urinária, mas tratamentos específicos de acordo com cada causa.
Em geral, as lesões do sistema nervoso, da bexiga e dos esfíncteres são difíceis de tratar e, embora existam nvos protocolos terapêuticos, os resultados ainda não são satisfatórios.
Em contrapartida, algumas mal-formações congênitas podem ser totalmente corrigidas mediante cirurgia. Assim acontece com a ectopia ureteral ou com a persistência do canal fraco.
Como sequela de certas intervenções cirúrgicas, também podem surgir incontinências urinárias causadas por fístulas ou por aderências. Uma nova intervenção pode recuperar a continência normal, mas nem sempre o resultado é garantido. 


CUIDADOS COM O SISTEMA URINÁRIO
        
         Os distúrbios renais são umas das doenças que mais atingem as populações dos países desenvolvidos. Muitas são as causas: infecções, envenenamento por substancias químicas, lesões, tumores, formação de “pedras”, paralisia, problemas cardiovasculares, entre outros.
         Uma das doenças renais mais comuns é a glomerulonefrite, em que há lesões dos glomérulos renais, com grave prejuízo da função dos rins. A glomerulonefrite pode ter diversas causas, mas a principal é a destruição dos glomérulos pelo próprio sistema imunitário. Alguns glóbulos brancos do sangue passam a produzir anticorpos que atacam os glomérulos renais. Uma vez que o próprio sistema imunitário volta-se contra o organismo, fala-se que esse é um tipo de glomerulonefrite é uma doença auto-imune.
         Uma glomerulonefrite pode levar a progressiva perda das funções renais, até que o sangue praticamente não seja mais filtrado. As excreções acumulam-se e intoxicam o organismo. Nesse casos, torna-se necessário tratar a pessoa com um aparelho denominado rim artificial, que filtra o sangue, ou submetê-la a um transplante renal.

O RIM ARTIFICIAL

         É uma máquina que realiza hemodiálise, ou seja, filtra artificialmente o sangue. O sistema cardiovascular da pessoa é conectado à máquina de hemodiálise e o sangue passa a circular por tubos de paredes semipermeáveis,  mergulhados em uma solução constituída por substâncias normalmente presentes no plasma sanguíneo. As excreções difundem-se através dos finíssimos poros das membranas semipermeáveis, abandonando o sangue.com a repetida circulação do sangue pela máquina, a maior parte das substancias tóxicas deixa o sangue, difundindo-se para o liquido do aparelho.
         Cada seção de hemodiálise dura entre 4 e 6 horas e deve ser repetida 2 ou 3 vezes por semana. O método é eficiente e remove a uréia do sangue mais rapidamente que um rim normal. No entanto, além de não realizar todas as funções renais, a hemodiálise é um processo caro, desconfortável para o paciente e pode trazer diversos efeitos colaterais.







REGULAÇÃO DA REABSORÇÃO DE SÓDIO

O balanço de líquidos no corpo está intimamente ligado à presença e quantidade do íon sódio no sangue. Quando ingerimos alimentos salgados, aumenta a taxa sanguínea de sódio, o que provoca aumento da concentração d sangue. Centros nervosos do hipotálamo, conhecidos como centros da sede, detectam esse aumento de concentração e causam a sensação de sede. Se a pessoa beber liquídos, a água diluirá o sangue, baixando sua concentração aos níveis normais. O volume sanguíneo, porém, aumenta, situação que deve ser imediatamente corrigida para que não haja aumento da pressão arterial. O restabelecimento do volume sanguíneo a seu nível normal é conseguido pela diminuição na produção de ADH, que resulta em maior eliminação de água na urina.
A quantidade de sódio no sangue é controlada pelo hormônio aldosterona, secretado pelo córtex da glândula adrenal. Quando a quantidade se sódio no sangue baixa, aumenta a secreção do hormônio aldosterona, que atua sobre os túbulos contorcidos distais e sobre os ductos coletores, estimulando a reabsorção de sódio do filtrado glomerular. A secreção do hormônio aldosterona, por sua vez, é regulada pela enzima renina e pelo peptídio angiotensina. Se a pressão sanguínea diminui, ou se a concentração de sódio no sangue abaixa, os rins liberam renina no sangue. A renina é uma enzima que catalisa a formação de uma proteína sanguínea chamada de angiotensina a partir de um precursor denominado angiotensinogênio, presente no sangue e produzido pelo fígado. A angiotensina causa diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, o que provoca aumento da pressão arterial, estimulando a secreção de aldosterona. Esta por sua vez, induz um aumento na reabsorção de sódio pelos rins.
O coração também interage com o sistema urinário atuando na regulação da pressão arterial. Quando o volume de sangue aumenta, por exemplo, pela ingestão de grande quantidade de água, há uma expansão maior dos átrios cardíacos, o que induz o coração a liberar um hormônio conhecido como peptídeo natriurético atrial. Esse hormônio, sintetizado principalmente por células do átrio, inibe a secreção de renina, aldosterona e ADH, aumentando a excreção de sódio e o fluxo de urina. O PNA também antagoniza a ação vasoconstritora da angiotensina e de outras substâncias vasoconstritoras, reduzindo a pressão arterial.
REGULAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA

         A reabsorção da água nos rins é controlada pelo hormônio antidiurético, conhecida pela sigla ADH, também conhecida como vasopressina. Esse hormônio é sintetizado no hipotálamo e armazenado na parte posterior da glândula hipófise, que o libera no sangue. O ADH atua sobre os túbulos renais, provocando aumento da reabsorção de água do filtrado glomerular. A ingestão de grande quantidade de água tem efeito inverso: a concentração do sangue diminui, estimulando a hipófise a liberar menos ADH. Em consequência é produzido maior volume de urina mais diluída. A presença de álcool no sangue inibe a secreção de ADH, e é por isso que a ingestão de bebidas alcoólicas  estimula a diurese.
CONTROLE HORMONAL DA FUNÇÃO RENAL

Os rins exercem rigoroso “controle de qualidade” sobre o sangue, mantendo diferentes substâncias em suas quantidades normais. Quando a concentração de alguma substância no sangue aumenta muito, os rins rapidamente eliminam o excesso. Se uma pessoa bebeu muito liquido, por exemplo, seus rins produzem uma urina diluída e abundante, eliminando assim o excesso de água. Se o sangue de uma pessoa tem muito açúcar, ou muito sal, ou se a quantidade de hormônios está acima do normal, os excessos dessas substâncias são eliminadas na urina.
ELIMINAÇÃO DA URINA

Pode ser dividido em duas fases: a urina trazida pelos ureteres acumula-se na bexiga, até enche-la. Após ocorre a micção, ou seja, o esvaziamento completo da bexiga, com eliminação da urina pela uretra. A urina acumula-se na bexiga porque um anel muscular presente no ponto de união da bexiga a uretra, o esfíncter uretral, mantém-se contraído impedindo sua saída. Na parede da uretra também existem músculos que se contraem e impedem a passagem da urina.
Quando a bexiga torna-se repleta, receptores nervosos em sua parede são estimulados a transmitirem a informação ao encéfalo, o que provoca a vontade de urinar. Se a ação puder se realizada naquele momento, o encéfalo emite estímulos nervosos para a concentração da musculatura da bexiga e para o relaxamento dos esfíncteres. Com isso a urina é expulsa da bexiga, flui para a uretra e é eliminada do corpo. Os músculos da região pélvica também participam do processo da micção, especialmente nas mulheres.
Os esfíncteres são controlados involuntária e voluntariamente, e é por isso que podemos interromper a micção, se quisermos. Os recém-nascidos, que ainda não desenvolveram o controle voluntário da micção, urinam de forma reflexa: sempre que a bexiga fica repleta, ela se contrai, os esfíncteres relaxam e a urina é eliminada.
POR QUE A URINA TEM COR AMARELA?

A cor amarela da urina deve-se a presença de uma substância denominada urobilina, proveniente principalmente da degradação da hemoglobina de hemácias vermelhas. No baço e no fígado os macrófagos fagocitam hemácias velhas e digerem seus componentes, excretando para o sangue bilirrubina, produto de degradação da hemoglobina. A bilirrubina é extraída do sangue pelo fígado e excretada na bile. Bactérias intestinais transformam a bilirrubina em urobilinogênio, cerca de 80% permanece no intestino, onde é oxigenada e origina uma substância de cor marrom, a estercobilina, responsável pela cor característica das fezes. Cerca de 20% do urobilinogênio presente no intestino são reabsorvidos pelas células intestinais e lançados no sangue. O fígado capta a maior parte desse urobilinogênio da circulação e reexcreta-o para a bili. Uma pequena parte , escapa à absorção pelo fígado, sendo absorvida pelos rins e lançada na urina. Aí , o urobilinogênio é oxidado a urobilina, o que faz a urina, inicialmente incolor, tornar-se amarela.
FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO

Os rins têm a função de filtrar o sangue, removendo dele a uréia, sais, ácidos úricos e outras substâncias que estejam em excesso no organismo. O sangue a ser filtrado chega ao rim pela artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando grande número de pequenas artérias, denominadas arteríolas aferentes. Cada uma dessas arteríolas penetra na cápsula renal de um néfron, onde se ramifica formando o glomérulo renal, um envelope de capilares.

FORMAÇÃO DA URINA

O sangue proveniente das artérias renais penetra nos capilares do glomérulo sob alta pressão, o que força a saída de liquido sanguíneo para a cápsula renal. Esse liquido que extravasa do sangue, conhecido como filtrado glomerular ou urina inicial, constitui-se de diversas moléculas de pequeno tamanho, tais como água, uréia, glicose, aminoácidos, sais entre outros, dissolvidas em água. Após passa para o túbulo renal, até esse momento o filtrado glomerular apresenta composição química semelhante à do plasma sanguíneo, mas com a diferença de que não possui células nem moléculas de proteínas e de lipídios, devido ao seu tamanho, essas moléculas são incapazes de atravessar as paredes capilares glomerulares.

Reabsorção de substâncias úteis do filtrado

         No decorrer do trajeto do filtrado glomerular pelo túbulo contorcido proximal, ocorre a reabsorção das soluções, de grande parte da água e de outras substâncias, as quais retornam ao sangue dos capilares dos néfrons. É um processo ativo, que possui dispêndio de energia por parte das células do túbulo renal. Em condições normais, toda a glicose, todos os aminoácidos, todas as vitaminas e grande parte dos sais presentes no filtrado glomerular retornam ao sangue.
          A diabetes melito é a concentração anormal elevada de algumas das substâncias citadas acima, ela não é totalmente absorvida e parte é excreta na urina.
        Na alça néfrica ocorre principalmente da água do filtrado que se torna cada vez mais concentrado. As células das paredes do túbulo contorcido distal absorvem ativamente dos capilares próximos substâncias indesejáveis, como ácido úrico e amônia, lançando-as na urina em formação. Ao fim do percurso esse filtrado glomerular transforma-se em urina, um fluido aquoso, de cor amarela e que contém predominantemente uréia, além de quantidades menores de amônia, ácido úrico e sais.
Os capilares que absorvem as substâncias úteis dos túbulos renais se reúnem e formam uma vênula que desemboca na veia renal, que leva o sangue para fora do rim, em direção ao coração.
FUNÇÕES DO SISTEMA URINÁRIO

        O sistema urinário é responsável pela maior parte de nossa excreção, ou seja, é através dele que liberamos as substâncias indesejáveis produzidas em nosso metabolismo, essas excreções também podem ser chamadas de excretas nitrogenadas. A principal substância nitrogenada excreta pelo sistema urinário é a uréia, gerada como produto do metabolismo de compostos nitrogenados, especialmente de aminoácidos.
       Uma das substâncias que formam nossa dieta são as proteínas. Essas substâncias são formadas por aminoácidos que nosso organismo utiliza tanto para produzir suas próprias proteínas como para produzir energia  por meio da respiração celular, nesse caso ocorre a gliconeogênese, onde um grupo de amina removido e o restante e o restante da molécula é transformado em glicose.
        A desaminação de aminoácidos em nosso organismo ocorre no fígado, onde os grupos amina são utilizados na produção de uréia. A degradação de outros compostos nitrogenados também gera a amônia, que é transformada em uréia.
         A uréia é liberada no sangue, sendo removida de pelos rins, que a eliminam na urina. Além da uréia, os rins também eliminam água, sais em excesso e outras substâncias prejudiciais ao organismo.

COMPONENTES DO SISTEMA URINÁRIO

        O conjunto de órgãos e estruturas responsáveis pela filtração do sangue e eliminação de substância tóxicas constitui o sistema urinário, sendo formado por um par de rins e pelas vias uriníferas, compostas por um par de pelves renais, ou bacinetes, um par de uretes,  a bexiga urinária e a uretra.

RINS
       
        São órgãos de cor marrom-avermelhada, com forma de grão de feijão e cerca de 10 centímetros de comprimento, localizados na parte posterior da cavidade abdominal, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna vertebral. O rim direito posiciona-se um pouco mais abaixo do que o esquerdo. Sobre os rins localizam-se as glândulas endócrinas suprarenais.
        Cada rim é envolto por três camadas de tecidos: a fáscia renal, mais externa, a cápsula adiposa, localizada em posição intermediária, e a cápsula fibrosa, mais interna. A porção renal é chamada de córtex renal, onde localizam-se os néfrons, unidades responsáveis pela filtração de sangue. A porção central dos rins é denominada medula renal, que apresenta várias estruturas triangulares (pirâmides renais) que são agrupamentos de ductos que coletam a urina formada nos néfrons. Nas papilas renais se encontram os orifícios dos ductos coletores de urina. As papilas são envolvidas por estruturas denominadas cálices menores que se reúnem para formar cálices maiores e é na pelve renal que é lançada toda a urina produzida pelo rim.
        
NÉFRONS
São as unidades responsáveis pela formação da urina, localizada na córtex renal. É uma estrutura tubular que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, a cápsula renal, no interior da qual situa-se o glomérulo renal ou glomérulo capilar, um novelo de capilares em associação intima com a parede interna da cápsula renal, ligado a uma arteríola proveniente da artéria renal, esse conjunto é chamado de corpúsculo renal.
A cápsula renal comunica-se com o longo tubo, o túbulo néfrico, que apresenta três regiões distintas, o túbulo contorcido proximal, alça néfrica ou túbulo reto, túbulo contorcido distal, que desemboca no ducto coletor. Os ductos coletores conduzem a urina produzida nos néfrons até a papila renal, de onde ela flui sequencialmente para os cálices menores, para os cálices maiores e para a pelve renal.

URETERES, BEXIGA URINÁRIA E URETRA

São tubos que conduzem a urina da pelve à bexiga urinaria. Sua parede é formada por três camadas de tecido: uma camada mucosa interna, uma não-estriada e uma extra fibrosa. Cada ureter parte da pelve de um rim, descendo pela parede posterior do abdome e desembocando na parte lateral posterior da bexiga urinária. Os ureteres realizam movimentos peristálticos que facilitam a condução da urina em seu interior.
A bexiga urinária é uma bolsa de parede muscular localizada na cavidade pélvica. A bexiga dos homens posiciona-se à frente do reto, nas mulheres, entre a bexiga e o reto, localiza-se o útero. A função da bexiga é armazenar urina até sua eliminação do corpo. A bexiga de uma pessoa adulta tem capacidade de armazenar cerca de 300 ml de urina.
Uretra é o tubo que comunica  a bexiga urinária ao meio externo. No sexo masculino, a uretra mede cerca de 18 cm de comprimento e também faz parte do sistema genital, possuindo três regiões: a uretra prostática, a uretra membranosa e a uretra esponjosa.
Uretra prostática: é a porção inicial da uretra, com cerca de 3 cm de comprimento. Na região da uretra desembocam os ductos ejaculatórios, que trazem o liquido seminal, e os ductos prostáticos que drenam a secreção da próstata.
Uretra membranosa: porção seguinte, com cerca de 1 cm de comprimento, ela atravessa a musculatura do períneo e é envolvida por um anel de musculatura estriada esquelética, o diafragma urogenital, que exerce controle voluntário da micção.
Uretra esponjosa: é a porção terminal da uretra masculina, mede cerca de 15 cm de comprimento e percorre o interior do corpo esponjoso peniano em toda sua extensão, abrindo-se para o exterior na extremidade do pênis. Na uretra esponjosa desembocam os ductos das glândulas bulbouretrais.
A uretra feminina tem cerca de 3 cm de comprimento e é exclusiva do sistema urinário. Abre-se para o exterior entre os lábios menores do pudendo feminino, logo abaixo do clitóris.